Poucas empresas se preocupam com o fluxo de retorno de seus produtos fabricados e não vendidos nos supermercados. As indústrias fabricantes de balas e confeitos fornecedoras para supermercados, enfrentam um problema com retornos de produtos com embalagens avariadas no transporte, no ponto de venda por consumidores, por expositores ou por funcionários dos supermercados que não manuseiam adequadamente os produtos na transferência física dos estoques para os pontos de venda.
Este processo gera perdas para os supermercados e para os fornecedores os quais repassam estas perdas para o consumidor, aumentando o preço final do produto. A competitividade acirrada do setor exige uma redução de custos. Isso pode ser alcançado através de uma gestão da logistica reversa.
A falta de preocupação não é apenas dos fornecedores, os supermercados também não dispõem dos cuidados necessários para manter os produtos adequadamente armazenados mesmo que provisoriamente até a retirada pelos fornecedores.
Como a responsabilidade é dos fornecedores, os supermercados não tomam os devidos cuidados na estocagem e normalmente, salvo poucas exceções, os produtos alimentícios estão sujeitos, se não acondicionados de forma correta, a serem atraídos por insetos, roedores, fungos, etc.
Os fornecedores, por se tratarem de valores economicamente baixos, adotam procedimentos onde o mesmo veiculo que realiza as entregas dos novos pedidos retira estes produtos impróprios para consumo. Não se preocupam que um veiculo na distribuição normalmente realiza mais de uma entrega por toteiro. No primeiro supermercado a ser entregue o pedido, o veículo retira produtos impróprios para consumo e transporta juntamente com os demais pedidos a serem entregues. E o risco de contaminar os produtos dos clientes seguintes no roteiro? Percebe-se que não é um processo sustentável.
Deve-se levar em consideração ainda que é um processo extremamente lento por se tratar de um número grande de itens, muitas vezes, necessitando nos supermercados de um tempo para separar e emitir nota fiscal de retorno superior ao tempo de recebimento do pedido.
Para os fornecedores também não é simples uma vez que têm que transportar, processar o recebimento, descartar os produtos de forma adequada(?) e providenciar o crédito ao cliente adicionando custo em todas as atividades do processo.
Duas ações poderiam eliminar este processo, reduzir custos, tornando o produto mais competitivo e sustentável:
A primeira seria os fornecedores na negociação comercial passarem esta responsabilidade para os supermercados; a Segunda seria os supermercados contratarem empresas especializadas em reciclagem para reprocesso estes produtos, reaproveitando as embalagens como plásticos e caixas de papelão , gerando novos produtos e renda para outros trabalhadores.
Certamente os fornecedores, os supermercados, os consumidores e o meio ambiente ganhariam com isso.